sexta-feira, 29 de abril de 2011





O que se sente e que a boca silencia,
Vira poesia, quando a lágrima desenha
A mais feliz e mais sublime fantasia,
Dentro do riso solitário que se tenha.

Chorar um riso é exprimir toda a leveza
Dos sentimentos, quando o pranto repentino
De quem sorri, mostra esse toque de nobreza
Que torna uma pessoa leve, feliz ...

É na feição afetuosa de quem ama
Que a ternura de um olhar embevecido
Ganha sentido, quando o sonho se derrama

Sobre a ternura expressiva de outro olhar
E dialoga com o sorriso distraído
Da mesma lágrima que o riso quer chorar.


x.x.x.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

       
                                                         
"E nem sempre o sorriso que trago, é a verdade e a vida que levo."



"eu"

terça-feira, 26 de abril de 2011

Ponto (in) finito



Num ontem
de um tempo apressado
no limite da entrega
dois pontos se cruzaram
da base de sentimentos
frescos, leves
nasceu uma linha única
irregular, curva
que deslizou evitando
obstáculos imprevistos
lentamente deixou rastro
de poeira, de sonhos perdidos
e reencontrados

A distância percorrida
foi aumentando
a linha foi enfraquecendo
as bases soltando


De dois pontos
nasceu tudo
sem o preverem
num ponto (in) finito
ofuscou tudo
sem avisarem

Na linha desse sentir
o querer insiste
o querer persiste
no ponto do limite
no som de dois lábios
no reencontrar sem limite
do céu
de dois olhares

                                                                          (meus arquivos reais)

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Palavras sentidas



São nas entrelinhas, naquelas finíssimas linhas entre o que existe e o que não existe, que escrevemos a nossa história. São sempre naquelas passagens que pouca gente entende, que pouca gente acredita e que muita gente imagina que nem acontece. Para alguns simples sonhos, para outros apenas impossibilidade. E justamente por ser impossível, por ser simplesmente sonho, por ser inacreditável que vivemos. Porque somos assim... dentro de nós. Acreditando no impossível e escrevendo nossa história. Escrevendo-a sempre... sempre nas entrelinhas; nas finas linhas do real e do imaginário que construímos e criamos os melhores cenários de vida... de verdades, de sonhos e fantasias. Para além de nós... para muito além dos nossos dias.

(Adriano Hungaro)