terça-feira, 26 de abril de 2011

Ponto (in) finito



Num ontem
de um tempo apressado
no limite da entrega
dois pontos se cruzaram
da base de sentimentos
frescos, leves
nasceu uma linha única
irregular, curva
que deslizou evitando
obstáculos imprevistos
lentamente deixou rastro
de poeira, de sonhos perdidos
e reencontrados

A distância percorrida
foi aumentando
a linha foi enfraquecendo
as bases soltando


De dois pontos
nasceu tudo
sem o preverem
num ponto (in) finito
ofuscou tudo
sem avisarem

Na linha desse sentir
o querer insiste
o querer persiste
no ponto do limite
no som de dois lábios
no reencontrar sem limite
do céu
de dois olhares

                                                                          (meus arquivos reais)

Nenhum comentário: