sábado, 30 de julho de 2011




"Eu preciso muito muito de você eu quero muito muito você aqui juntinho quando outra vez estiver aqui debruçada, fico cansada de olhar o infinito sozinha, ele é muito distante, muito ... frio  e as nuvens encobriram toda a beleza que eu gostava de ver. Vi agora pouco o Sol nascer no seu esplendor e quase me senti cega.  Nem me precisa perguntar se estou melhor, bem não precisa dizer nada, só você mesmo aí onde está, você nem precisa dizer alguma coisa no telefone basta ligar e eu ficar ouvindo o seu silêncio confesso como não peço mais que o seu silêncio do outro lado da linha ou do outro lado da porta ou do outro lado do muro. Mas eu preciso muito muito de você."

(Este é aquele ... qualquer momento)

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Um poema lindo ...

Tem poesias que dizem muito, que marcam o nosso coração,
esta é uma delas.  Adoro Maria Bethânia.





Eu sei que atrás deste universo de aparências,
das diferenças todas,
a esperança é preservada.

Nas xícaras sujas de ontem
o café de cada manhã é servido.
Mas existe uma palavra que não suporto ouvir,
e dela não me conformo.
(você sabe)

Eu acredito em tudo,

Eu te amo pelas tuas faltas,
pelo teu corpo marcado,
pelas tuas cicatrizes,
pelas tuas loucuras todas.

Eu amo as tuas mãos,
mesmo que por causa delas
eu não saiba o que fazer das minhas.

Amo teu jogo triste.

Eu amo a tua alegria.

Mesmo fora de si,
eu te amo pela tua essência.
Até pelo que você poderia ter sido,
se a maré das circunstâncias
não tivesse te banhado
nas águas do equívoco.

Eu te amo nas horas infernais
e na vida sem tempo, quando,
sozinha, me jogo nas incertezas.

Eu te amo pelas tuas ilusões perdidas
e pelos teus sonhos a serem realizados.

Eu te amo pelo que se repete
e que nunca é igual.

Eu te amo pelas tuas entradas,
saídas e bandeiras.

Eu te amo desde os teus pés
até o que te escapa.

Eu te amo de alma para alma.
E mais que as palavras,
ainda que seja através delas
que eu me defenda,
quando digo que te amo
mais que o silêncio dos momentos difíceis,
onde o próprio amor
vacila.

Maria Bethânia