quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Sei lá... a vida tem sempre razão

 

Tem dias que eu fico pensando na vida
E sinceramente não vejo saída.
Como é, por exemplo, que dá pra entender:
A gente mal nasce, começa a morrer.
Depois da chegada vem sempre a partida,
Porque não há nada sem separação.
Sei lá, sei lá, a vida é uma grande ilusão.
Sei lá, sei lá, só sei que ela está com a razão.
A gente nem sabe que males se apronta.
Fazendo de conta, fingindo esquecer
Que nada renasce antes que se acabe,
E o sol que desponta tem que anoitecer.
De nada adianta ficar-se de fora.
A hora do sim é o descuido do não.
Sei lá, sei lá, só sei que é preciso paixão.
Sei lá, sei lá, a vida tem sempre razão.

Música de letra incrível.
(Toquinho/Vinicius)

domingo, 19 de agosto de 2012



Nesta tarde de domingo, vem a minha mente pensamentos que
quero gravar pra sempre na memória e também deixar escrito
aqui, que assim quando mais tarde tiver esquecido  devido  a
correria do dia a dia, possa abrir este blog que gosto tanto e ler
o que talvez depois já não tenha mais as mesmas palavras e as
mesmas emoções.

Tantas coisas já aconteceram na minha vida ... tão boas, ruins,
mas uma coisa só eu sei, vivi a vida intensamente, tudo o que
podia acontecer a uma pessoa privilegiada e abençoada por Deus
aconteceu comigo e ainda acontece.

Hoje quando acordei pela manhã, depois ter sonhado com meu pai,
quase a noite inteira, pude pensar e voltar a infância, e o filme da
minha vida inteira veio atona.  Lembrei-me de que quando era
criança ainda, com 6/7 aninhos fui a menina mais amada do mundo
pelo meu pai, senti forte o seu abraço me envolvendo e me mostrando
para os seus amigos, tudo que fazia era bonito, quando por algum
motivo qualquer, chorava ... lembro que ele se abaixava no meu
tamanho e ficava horas me agradando e sempre me dizia ...se continuasse
a chorar, iria chorar também.  Isto eu nunca vou esquecer.
Lembro muito também as canções que ele cantava pra mim, sentado
na porta da cozinha. India seus cabelos longos ....
Enquanto me arrumava, ele me olhava com tanta admiração que
vou sempre lembrar.

Lembrei-me tanto da minha mãezinha, fui a igreja logo cedo hoje,
coisa que só fazia quando era menina, mais ou menos nesta idade e
durante toda a minha meninice até uns 10/11 anos. Minha mãe sempre
tão presente, tão amiga, ensinando aos seus filhos o caminho do bem,
contando-nos as coisas da vida, as vaidades, ilusões pelas quais iriamos
passar e sempre muito religiosa nunca deixava transparecer as coisas
ruins e os dias ruins que por tantas vezes passamos sem sentir as
consequencias.

Lembrei-me a primeira vez em que a tristeza bateu forte no meu coração,
sentada na cama sozinha, com uns 13 anos, o mundo ... a vida naquele
momento estava ruim e eu não queria mais viver. Minha mãe estava
internada na Santa Casa de Misericordia, meu pai trabalhando, meus
irmãos menores brincando, minha avó lavando roupas, abri a janela do
quarto e vi o dia cheio de sol, vida ... mas eu sem nenhuma alegria.
Liguei o rádio ... e escutei pela primeira vez o Roberto Carlos cantando
uma música "Não quero ver você triste assim", parei e chorei, como se
ele estivesse cantando pra mim.

Quando fiz 14 anos,  me sentia moça, muito mais moça do que era, como
se tivesse já uns 18 anos, comecei a trabalhar num escritório, mas a
alegria fugia de mim, fui a mocinha mais triste que qualquer uma poderia
ser. Me refugiava nos estudos, nos livros, nas poesias. Uma fuga era
me arrumar muito, desde muito novinha fui muito vaidosa e a admiração
que causava nas pessoas me fazia bem e dava incentivo pra seguir o meu
caminho, mas sempre como se estivesse com muito mais idade do que
tinha.


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Muitas coisas pra escrever, vou continuar depois.